Seleção Brasileira

Brasil e Marta deixam a Copa de modo melancólico, mas legado é duradouro

O Brasil foi eliminado na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina novamente depois de 28 anos com empate em 0 a 0 com a Jamaica. Essa saída precoce da competição é uma dura injustiça com a maior jogadora de todos os tempos, que tinha o sonho de conquistar o título em uma geração promissora.

Na entrevista pós-jogo, Marta, visivelmente triste, lamentou o resultado, marcando sua despedida da última Copa do Mundo. Aos 37 anos, a atacante participou de sua sexta edição de Mundiais e com seus 17 gols é a maior artilheira da história do torneio, superando homens e mulheres, sendo considerada a melhor e maior jogadora de todos os tempos.

No empate desta quarta-feira, a experiente técnica Pia Sundhage cometeu o erro de demorar nas substituições e teve dificuldade em mudar taticamente o time, fato admitido pela treinadora na coletiva após a partida. A ausência de Cristiane na convocação também pareceu fazer falta, já que não tínhamos uma centroavante de referência.

Independentemente da continuação ou não de Pia Sundhage, é importante ressaltar que houve sim evolução na seleção feminina. Ela implementou um futebol tic-tac de toque de bola e posse, embora infelizmente não tenha funcionado contra França e Jamaica. O futebol nem sempre é justo. A atual geração é promissora e merece reconhecimento, apesar do resultado decepcionante.

Copa marcada por evolução técnica

Esta Copa Feminina tem sido marcada por um alto nível tático e uma evolução técnica, resultado de estruturas mais sofisticadas no mundo e da globalização. A evolução da Premier League e Champions League femininas ajudaram nesse sentido, assim como outros campeonatos europeus e pelo mundo a fora na modalidade.

Vale destacar que o Brasil investiu mais do que nunca em sua seleção feminina para participar do Mundial. O futebol brasileiro feminino atualmente possui sua liga e torneios de base, além de ter oferecido boas condições para a delegação que viajou ao Mundial. Entretanto, a sensação é que o futebol feminino mundial evolui em uma velocidade cada vez mais rápida, talvez superior à do futebol brasileiro.

Comparado às grandes potências, o Brasil ainda luta contra um histórico atraso nos investimentos, e o futebol nacional ainda não oferece às jogadoras os melhores recursos que os clubes possuem. Espera-se que nos próximos anos ocorra uma evolução significativa nesse sentido. Estamos caminhando, mas é preciso acelerar o passo para não ficarmos para trás.

Deixe seu comentário
Lucas Silva

Especialista em notícias do Futebol e Mercado da Bola, goiano, 31 anos, se dedica a escrever e comentar sobre algo que ama.

Leave a Comment
Compartilhar

Postagens recentes

Vasco inicia negociação pelo retorno do meia Philippe Coutinho

Na tarde ensolarada em São Januário, o presidente do Vasco, Pedrinho, trouxe uma notícia que…

16 horas Atrás

De saída do Dortmund, Marco Reus já teria possível novo destino

Parte de um elenco lendário com mais de uma década no Borussia Dortmund, Marco Reus,…

22 horas Atrás

Atlético-MG encaminha o retorno do paraguaio Junior Alonso

Uma novidade que está rolando nos bastidores do Atlético-MG, parece que o Galo etá de…

24 horas Atrás

David Luiz pode trocar o Flamengo pelo Inter na próxima janela

Uma das mais recentes especulações envolve David Luiz, o experiente zagueiro do Flamengo, e uma…

2 dias Atrás