Copa do Mundo Feminina: Veja as seleções favoritas e principais jogadoras
A Copa do Mundo Feminina de 2023 está prestes a começar, com início marcado para o próximo dia 20, na Austrália e na Nova Zelândia. Nesta competição, 32 países irão disputar o tão almejado título. Algumas seleções destacam-se com mais possibilidades do que outras e são consideradas as principais favoritas nessa disputa acirrada.
Num torneio em que o campeão atua em apenas sete partidas, surpresas podem ocorrer, mas é inegável que França, Alemanha, Espanha, Inglaterra e os Estados Unidos despontam como as seleções favoritas para conquistar a taça na Copa do Mundo Feminina de 2023. Embora o Brasil não figure no topo da lista, ainda possui chances de surpreender.
Em meio a um elenco tão talentoso e diversas candidatas ao título, uma coisa é certa: a Copa do Mundo na Austrália e Nova Zelândia promete ser uma das mais emocionantes e disputadas da história. O futebol feminino está em ascensão, e este evento nos reserva momentos incríveis de competição e emoção.
EUA busca o penta com seleção renovada
A seleção norte-americana, maior vencedora da competição com quatro títulos (incluindo 2015 e 2019), é uma das favoritas para levantar o troféu em Sydney no dia 20 de agosto. Apesar disso, passa por um momento de renovação e mudança de geração.
Na convocação para o Mundial, o técnico Vlatko Andonovski chamou 23 jogadoras, sendo apenas nove delas presentes na vitoriosa campanha na França. Entre as mais experientes, estão a meio-campista Julie Ertz e as atacantes Alex Morgan e Megan Rapinoe (eleita a melhor jogadora do último Mundial). Alex Morgan, de 34 anos, foi fundamental em 2019, com seis gols, e em 2022, marcou 20 gols em 25 jogos pelo San Diego Wave FC.
Inglaterra promete brigar para ser campeã
A Inglaterra é uma força estabelecida no futebol feminino e chega à Copa do Mundo com moral após vencer a Eurocopa feminina em 2022, derrotando a Alemanha na final. Apesar de ainda buscar seu primeiro título mundial, as inglesas são consideradas fortes concorrentes.
Destaca-se na equipe a lateral-direita, eleita a melhor jogadora do mundo pela Fifa em 2020. Comandada pela técnica holandesa Sarina Wigman, que levou a seleção de seu país à final da Copa em 2019, a presença de Bronze será fundamental.
Alemanha tenta voltar a era de títulos
A Alemanha busca retomar o protagonismo do passado. Com dois títulos mundiais (em 2003 e 2007) e oito conquistas na Euro feminina (a última em 2013), a seleção alemã enfrentou momentos difíceis nos últimos anos, com destaque para o quarto lugar na Copa de 2015 e o vice-campeonato no campeonato europeu de 2022.
No ataque, a experiente centroavante Alexandra Popp é uma chave importante para o sucesso da equipe alemã. Com 32 anos, ela disputará sua quarta Copa do Mundo, sendo campeã olímpica nos Jogos Rio-2016 e vice-campeã na última Eurocopa. Como capitã e principal nome da seleção, Popp marcou impressionantes 24 gols em 36 jogos pelo Wolfsburg na última temporada.
Espanha tem uma geração talentosa
A Espanha também é uma possível candidata a surpreender neste Mundial. O país está vivendo um momento muito positivo na base, com a recente conquista da Copa do Mundo sub-20. Além disso, a equipe espanhola conta com a presença daquela que é considerada a melhor jogadora em atividade no momento, Alexia Putellas.
Alexia, meia-atacante do Barcelona, conquistou os últimos dois prêmios de melhor do mundo, tanto a Bola de Ouro da Revista France Football quanto o prêmio The Best da Fifa. Embora não esteja em sua melhor forma devido a uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, certamente será uma peça importante na equipe comandada pelo técnico Jorge Vilda.
França chega em boa fase
A França é uma das favoritas ao título e tem mostrado bom desempenho em campo. As francesas não conhecem derrotas desde julho do ano passado, quando perderam para a Alemanha na semifinal da Eurocopa. Desde então, disputaram oito jogos, com sete vitórias e um empate. Inclusive, conquistaram uma vitória contra a competitiva seleção do Canadá.
Com o retorno de jogadoras importantes, como a zagueira Wendie Renard, a França desponta como uma das equipes favoritas para avançar longe no torneio. O time está classificado como a quinta colocada no ranking mundial da FIFA e faz parte do mesmo grupo do Brasil. Sua melhor campanha foi um quarto lugar na edição de 2011, e agora a equipe busca chegar à sua primeira final na história.
Canadá de Sinclair tenta o título
A atual campeã olímpica, a seleção feminina de futebol do Canadá, entra na disputa do título da Copa do Mundo com alguns problemas recentes. No início deste ano, as jogadoras da equipe fizeram uma carta aberta para reclamar dos cortes no orçamento destinado à preparação para a Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia.
Entre as convocadas para a Copa do Mundo Feminina de 2023, destaca-se Christine Sinclair, uma esperança de gols para o time canadense. Aos 40 anos, a atacante acumula uma impressionante experiência de cinco Copas do Mundo e quatro Olimpíadas. Em 2020, ela se tornou a maior artilheira da história das seleções, incluindo tanto equipes masculinas quanto femininas, após marcar um total de 190 gols. Além desse feito, Sinclair conquistou o recorde de marcar em 5 Copas do Mundo diferentes, igualando-se a Marta.
Anfitriã, a Austrália promete surpreender
A Austrália é uma equipe com potencial para surpreender nesta Copa do Mundo. Como anfitriã, a equipe da Oceania contará com uma dose extra de motivação para buscar o primeiro título mundial de sua história. No entanto, a principal razão para acreditar em uma campanha histórica das Matildas tem um nome e sobrenome: Sam Kerr.
A atacante Sam Kerr foi a artilheira do Campeonato Inglês Feminino nas temporadas 2020/21 e 2021/22. Embora o desempenho na última campanha não tenha sido tão bom, ela brilhou na temporada 2022/23, marcando 30 gols e fornecendo sete assistências pelo Chelsea.
Brasil tenta voltar a ser protagonista
O Brasil não figura entre as seis favoritas, mas possui um grupo convocado por Pia Sundhage repleto de talento. Debinha e Marta são as principais protagonistas dessa seleção que optou por uma renovação. A ausência mais sentida é a de Cristiane, uma experiente centroavante em boa fase nesta temporada, mas que não foi convocada devido à falta de adaptação ao estilo de jogo, de acordo com a explicação da comissão técnica.
Marta, aos 37 anos, disputará sua sexta e última Copa do Mundo. Eleita seis vezes a melhor jogadora de futebol do mundo, a camisa 10 da seleção brasileira passou mais de um ano sem atuar pela equipe nacional, porém retornou aos treinos pelo Orlando Pride no final de janeiro, recuperou-se e participou do último amistoso contra o Chile.
Debinha é a terceira maior artilheira da história da seleção feminina, com 58 gols em 135 partidas. À sua frente estão apenas Cristiane, com 96 gols, e Marta, com 115. No ciclo de preparação para a Copa de 2023, porém, foi a atacante do Kansas City Current quem mais marcou gols pela seleção sob o comando de Pia Sundhage, balançando as redes 29 vezes em 49 partidas.