Quem pode chegar mais forte na segunda metade do Brasileirão 2025?

A pausa para o Super Mundial de Clubes dá uma oportunidade única aos clubes da Série A: ainda faltam sete rodadas para encerrar o primeiro turno, e há cerca de um mês para diagnosticar problemas, recuperar jogadores e reforçar o elenco. Nesse intervalo, o que era eventualidade pode se tornar solução — e o que parecia certo pode mudar radicalmente.

Fonte: Pixabay

É nesse ponto de inflexão que entram as negociações, exames e decisões táticas, acompanhadas de perto, inclusive, as melhores casas de apostas do brasil, onde as cotações já refletem possíveis cenários para o restante da temporada. Nesse compasso, clubes bem estruturados têm mais chances de chegar mais fortes quando o Brasileirão voltar, enquanto outros precisarão se reinventar para evitar mágoas e surpresas desagradáveis.

A seguir, analisamos os principais grupos de clubes: os que têm estabilidade e ambição; os que correm risco real e precisam mostrar reação; e aqueles que vivem crises anímicas, mas ainda podem se reerguer com planejamento e reforços.

Estáveis, competitivos e focados: Flamengo e Palmeiras

Sob o comando de Filipe Luís, o Flamengo passa por um momento vitorioso. Desde que assumiu em outubro de 2024, o ex-lateral conquistou Copa do Brasil, Supercopa e Campeonato Carioca, com desempenho consistente no Brasileirão. O futebol rubro-negro combina defesa sólida e transição rápida, atributos que sustentam a liderança da competição.

Na janela de meio de ano, a preocupação gira em torno da possível saída de Gerson para o Zenit. Ainda assim, o clube tem força e elenco para buscar um substituto à altura sem perder competitividade — sobretudo se conciliado com a recuperação de atletas lesionados e rodagem inteligente da base nas competições paralelas.

O Verdão mantém a regularidade, sem grandes investimentos, mas apostando em movimentações estratégicas. O elenco continua forte, embora carente de um jogador de velocidade neste momento. A intensificação no mercado pode trazer um atacante veloz e um zagueiro para fortalecer a retaguarda, especialmente após a saída de peças importantes desde o ano passado.

Com a filosofia de Abel Ferreira e estrutura já madura, o Palmeiras tem base para crescer e, com a janela, capacidade de manter ou elevar o nível de competitividade.

Reação urgente: Internacional e Grêmio

O Inter vive um ano de extremos: sobrou no Campeonato Gaúcho, avançou em Libertadores e Copa do Brasil, mas naufraga no Brasileirão dentro da zona de rebaixamento. A oscilação em campo, com falhas defensivas e finalizações inconsistentes, pressiona a diretoria a acelerar a chegada de reforços — algo que já está em curso.

O equilíbrio passa por trazer peças experientes para ajudar a reorganizar o sistema tático, especialmente na zaga e no ataque. O time requer mais agressividade no mercado. A urgência surge da contagem de perdas: quanto mais tempo ficar, mais escorregadias se tornam as chances de saída da zona.

Já o tricolor gaúcho vive um ano dramático: eliminado da Copa do Brasil, eliminado no Gauchão por competição interna, enfrentando o risco de queda na Sul-Americana, e novamente em dificuldade no Brasileirão. A campanha atual exige movimentos contundentes. Sem confiança coletiva, o Grêmio precisa sorver processos de reformulação com calma e precisão.

A boa notícia é que a janela oferece oportunidade para ajustes cirúrgicos. O clube está mapeando o mercado visando um meia de criação, reforço na lateral e peças de recomposição física. Se houver sinergia entre comissão e dirigentes, a segunda metade pode ser o início da reviravolta — caso contrário, o risco de colapso será real.

Clubes em evolução: Cruzeiro em ascensão e Bahia com presença do Grupo City

Depois de um início de temporada com oscilações, o Cruzeiro cresceu no Brasileirão ocupa a segunda colocação, refletindo um trabalho consistente da comissão técnica. A abordagem defensiva sólida, o bom aproveitamento em bolas paradas e a incorporação de talentos da base elevaram o desempenho da equipe azul — sem mencionar a liderança de alguns dos jovens craques que se firmaram no time principal.

A pausa para o Super Mundial é vista como uma chance para ajustes: ajustes cirúrgicos no meio-campo e ataque podem fazer do clube uma ameaça ainda maior na corrida pelo título. O elenco tem equilíbrio, e a tendência é crescer ainda mais, desde que o planejamento seja bem executado.

O Bahia vive um momento de consolidação sob o comando de Rogério Ceni e com forte aporte do Grupo City, acionista majoritário desde maio de 2023. Em 2025, o Tricolor começou bem na Copa do Nordeste — garantindo vaga nas quartas de final — e avançou na Copa do Brasil. No Brasileirão, atualmente figura em 5.º lugar, mostrando competitividade e equilíbrio .

Apesar da eliminação na Libertadores — com derrota para o Internacional e saída na fase de grupos —, o Bahia não se abateu e manteve foco total nas competições nacionais. O investimento estratégico em infraestrutura, elenco e análise de mercado reforça o time com jogadores que se adaptam ao perfil competitivo desejado.

Nas próximas semanas, o clube pode buscar reforços pontuais para manter a boa forma e se consolidar de vez entre os maiores do País. A influência do Grupo City mostra uma mudança estrutural e ambição clara de crescimento no cenário nacional.

O mês da virada

Faltando sete rodadas e o fim do primeiro turno praticamente visível, os clubes têm poucas semanas para definir seus rumos: fortalecimento para o título, fuga da queda ou busca por vaga nas competições internacionais.

O próximo capítulo já está sendo escrito fora dos campos, nos escritórios, nos treinamentos e… nos formulários de inscrição. No retorno do Brasileirão, quem tiver agido com precisão e critério estará em posição dominante para liderar o sprint final.

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Lucas Silva

Especialista em notícias do Futebol e Mercado da Bola, goiano, 31 anos, se dedica a escrever e comentar sobre algo que ama.
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