Goleada de 14 a 0 no Ceará é triste recado do futebol feminino no Brasil

Nenhuma torcedora ou torcedor deveria acordar triste porque seu time tomou 14 a 0 em uma partida do Campeonato Brasileiro, muito menos as jogadores do Ceará, que sem investimento, montou um time da base com atletas de 16, 17, 18 anos e tomou uma histórica goleada na estreia contra o forte e tradicional Corinthians Feminino.

Jogadoras do Ceará deixam o campo chorando após goleada de 14 a 0 – Foto: Divulgação

O Ceará Feminino estreou na Série A do Campeonato Brasileiro de forma desastrosa, e o resultado em si nos dá um triste recado. A equipe cearense foi goleada pelo Corinthians por 14×0, no último saábado. Ao final do jogo, algumas das jovens jogadores do Vovô sairam de campo chorando, mas aplaudidas pela torcida paulista, que reconheceram a luta e entrega das atletas.

O resultado é reflexo do descaso da diretoria do Ceará e de outros clubes brasileiro com a modalidade, o time feminino do Vovô teve seu orçamento reduzido após o rebaixamento do time masculino para a Série B. O bom elenco que foi campeão da Série A2 na última temporada foi desfeito, e um novo grupo em maior parte formado por jogadoras das categorias de base, muitas das atletas ainda em fase de formação.

Um time recheado de jogadores muito jovens foi enviado para mais qualificada competição de futebol feminino no país, e o resultado da estreia já era de se esperar. Após a repercussão nacional, e críticas, a diretoria do Ceará prometeu contratações para o time, e investimento, mas isso não muda o cenário onde sem quer equiparar, o futebol feminino deveria ser mais levado á sério, e não apenas ter um time por obrigação de não ser excluído das competições da CBF.

Falta de investimento é uma realidade no futebol feminino

O preconceito que ainda existe, agregado com a falta de investimento faz com que o futebol feminino sofra com a falta de estrutura em vários dos grandes clubes do país, o que é uma realidade ainda longe de mudar. Essas situações como ocorreu com o Ceará vão fazendo com que o futebol feminino no Brasil tenha menos visibilidade e investimento, assim não tem como haver evolução sufiente no esporte. Um problema que vai além dos clubes, também causado por falta de investimento do Governo.

 

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Lucas Silva

Especialista em notícias do Futebol e Mercado da Bola, goiano, 31 anos, se dedica a escrever e comentar sobre algo que ama.
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